UNIVERSIDADE NORTE PARANÁ
1 INTRODUÇÃO
Como as pessoas com deficiências foram tratadas no decorrer
da história da humanidade? Esse é um tema importante a ser discutido na
construção de uma educação inclusiva. Vítimas históricas de discriminação,
preconceito e barbáries, crianças e jovens com necessidades especiais hoje são
vistos como pessoas capazes de dar uma importante contribuição social e de
enriquecer as experiências dos que com eles convivem.
Nos dias atuais, a escola tem um papel fundamental para
ajudar a incluir esses jovens na vida em sociedade. Mas já houve tempos, porém,
que ela própria segregava e discriminava aqueles que se mostrava diferentes.
Foi logo o caminho até que ingressasse no espaço escolar a concepção de
educação inclusiva, com vistas a ressignificar a prática educativa pelo
conhecimento da necessidade de atender indiscriminadamente a todos os alunos.
A reflexão sobre o tema está relacionado as ações que
envolvem a docência com os alunos que apresentam necessidades educativas
especiais no contexto do ensino regular. Pois o ensino incluso respeita as
deficiências e diferenças reconhecendo que todos são diferentes e que a escola
e os velhos conceitos de educação precisam serem transformados para atender as
necessidades individuais de cada um, tenham eles ou não algum tipo de
necessidades especiais.
2 DESENVOLVIMENTO
Na busca de recursos e métodos eficazes, a história da
educação especial no país entra nos anos 80 acompanhando a tendência mundial ao
combate as desigualdades. Com isso o modelo segregador passou a ser questionado
buscando, alternativas pedagógicas de inserção, no sistema regular de ensino,
visando preparar alunos, docentes e escolas especiais a integração em classes
regulares.
Praticar a pedagogia da inclusão de todos e de
todas as formas. A inclusão não se faz somente com deficientes, ou com os
marginalizados.
[...] São excluídos quando falam com os dos mesmos e descuidam
os demais. São excluídos quando exigem de pessoas com dificuldades
intelectuais, emocionais e de relacionamento, os mesmos resultados (MORAN,
2009, p. 55-59).
2.1 um breve resgate histórico
Os primeiros registros que se tem notícias sobre o
atendimento prestado à pessoas com deficiência datam no final do século XVII.
Encontra-se poucos registros sobre o tema no período anterior a Idade Média.
A partir do século XVII, os deficientes passaram a ser
internados em orfanatos, manicômios, prisões e outros tipos de instituições,
juntamente com delinquentes, idosos e pedintes, ou seja, eram excluídos do
convívio social por causa da discriminação que então vigorava contra pessoas
diferentes.
2.1.1
Da Segregação à Inclusão
O século XX, caracterizou-se pelo início da obrigatoriedade e
da expansão da escolarização básica e, consequentemente, surgiram alunos que apresentavam
algumas dificuldades para acompanhar o ritmo de aprendizagem dos demais.
Rodrigues (2003, p.14) aponta que “foi o movimento de escolarização universal,
conhecido por escolas de massas’, que pôs em evidencia o caráter elitista e
classista da escola tradicional como instrumento a serviço da divulgação e da
inculcação dos interesses e valores da classe dominante”.
Assim o conceito de escola inclusiva, de acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (MEC-SEESP,1998)
implica numa nova postura da escola regular que deveria propor no PPP, no
currículo, na metodologia, nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a
inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam os alunos. Pois
numa escola inclusiva, a diversidade é valorizada, porém para oferecer uma
educação de qualidade para os alunos, inclusive para os portadores de
necessidades especiais, a escola precisa capacitar seu corpo docente,
preparar-se, organizar-se, enfim adaptar-se.
Cada deficiência, requer estratégias e materiais específicos
e diversificado, porém é preciso reconhecer que cada um aprende de uma forma e
num ritmo próprio. Respeitar significa dar oportunidades para todos aprenderem
os mesmos conteúdos, fazendo algumas adaptações necessárias.
O grande desafio que a inclusão nos impõe é justamente sua
contradição em relação ao forte caráter exclusivo da sociedade. (MESZAROS, 2008
p. 43)
3 CONCLUSÃO
Conclui-se que a noção de complexidade aplicada à educação
inclusiva mostra que há ainda muito por fazer para que, efetivamente, exista
uma proposta educacional ampla difundida e compartilhada para o atendimento às
pessoas portadoras de necessidades especiais. Só assim teremos um sistema
educacional de qualidade e ao alcance de todos em nosso país.
REFERÊNCIAS
BERGAMO, Regiane Banzzatto. Educação Especial: pesquisa
e prática. Curitiba. Ibpex, 2010
RODRIGUES,A.J. Contexto
de Aprendizagem e Integração? Inclusão de alunos com necessidades educativas
especiais. São Paulo. Avercamp, 2003.
VAGULA, Edilaine. Educação
inclusiva e Língua brasileira de sinais. Londrina. UNOPAR, 2014
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico.
São Paulo: Atlas, 1999.
______. Pesquisa:
princípio científico e educativo. 6.
ed. São Paulo: Cortez, 2000.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos.
2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.
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