Resenha : Da educação Segregada à educação inclusiva [PORTIFOLIO]

domingo, 19 de abril de 2015

UNIVERSIDADE NORTE PARANÁ

1  INTRODUÇÃO

Como as pessoas com deficiências foram tratadas no decorrer da história da humanidade? Esse é um tema importante a ser discutido na construção de uma educação inclusiva. Vítimas históricas de discriminação, preconceito e barbáries, crianças e jovens com necessidades especiais hoje são vistos como pessoas capazes de dar uma importante contribuição social e de enriquecer as experiências dos que com eles convivem.
Nos dias atuais, a escola tem um papel fundamental para ajudar a incluir esses jovens na vida em sociedade. Mas já houve tempos, porém, que ela própria segregava e discriminava aqueles que se mostrava diferentes. Foi logo o caminho até que ingressasse no espaço escolar a concepção de educação inclusiva, com vistas a ressignificar a prática educativa pelo conhecimento da necessidade de atender indiscriminadamente a todos os alunos.
A reflexão sobre o tema está relacionado as ações que envolvem a docência com os alunos que apresentam necessidades educativas especiais no contexto do ensino regular. Pois o ensino incluso respeita as deficiências e diferenças reconhecendo que todos são diferentes e que a escola e os velhos conceitos de educação precisam serem transformados para atender as necessidades individuais de cada um, tenham eles ou não algum tipo de necessidades especiais.



                          

2  DESENVOLVIMENTO

Na busca de recursos e métodos eficazes, a história da educação especial no país entra nos anos 80 acompanhando a tendência mundial ao combate as desigualdades. Com isso o modelo segregador passou a ser questionado buscando, alternativas pedagógicas de inserção, no sistema regular de ensino, visando preparar alunos, docentes e escolas especiais a integração em classes regulares.
Praticar a pedagogia da inclusão de todos e de todas as formas. A inclusão não se faz somente com deficientes, ou com os marginalizados.
[...] São excluídos quando falam com os dos mesmos e descuidam os demais. São excluídos quando exigem de pessoas com dificuldades intelectuais, emocionais e de relacionamento, os mesmos resultados (MORAN, 2009, p. 55-59).

2.1 um breve resgate histórico

Os primeiros registros que se tem notícias sobre o atendimento prestado à pessoas com deficiência datam no final do século XVII. Encontra-se poucos registros sobre o tema no período anterior a Idade Média.
A partir do século XVII, os deficientes passaram a ser internados em orfanatos, manicômios, prisões e outros tipos de instituições, juntamente com delinquentes, idosos e pedintes, ou seja, eram excluídos do convívio social por causa da discriminação que então vigorava contra pessoas diferentes.

2.1.1   Da Segregação à Inclusão

O século XX, caracterizou-se pelo início da obrigatoriedade e da expansão da escolarização básica e, consequentemente, surgiram alunos que apresentavam algumas dificuldades para acompanhar o ritmo de aprendizagem dos demais. Rodrigues (2003, p.14) aponta que “foi o movimento de escolarização universal, conhecido por escolas de massas’, que pôs em evidencia o caráter elitista e classista da escola tradicional como instrumento a serviço da divulgação e da inculcação dos interesses e valores da classe dominante”.
Assim o conceito de escola inclusiva, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (MEC-SEESP,1998) implica numa nova postura da escola regular que deveria propor no PPP, no currículo, na metodologia, nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam os alunos. Pois numa escola inclusiva, a diversidade é valorizada, porém para oferecer uma educação de qualidade para os alunos, inclusive para os portadores de necessidades especiais, a escola precisa capacitar seu corpo docente, preparar-se, organizar-se, enfim adaptar-se.
Cada deficiência, requer estratégias e materiais específicos e diversificado, porém é preciso reconhecer que cada um aprende de uma forma e num ritmo próprio. Respeitar significa dar oportunidades para todos aprenderem os mesmos conteúdos, fazendo algumas adaptações necessárias.
O grande desafio que a inclusão nos impõe é justamente sua contradição em relação ao forte caráter exclusivo da sociedade. (MESZAROS, 2008 p. 43)

3  CONCLUSÃO

Conclui-se que a noção de complexidade aplicada à educação inclusiva mostra que há ainda muito por fazer para que, efetivamente, exista uma proposta educacional ampla difundida e compartilhada para o atendimento às pessoas portadoras de necessidades especiais. Só assim teremos um sistema educacional de qualidade e ao alcance de todos em nosso país.














REFERÊNCIAS
BERGAMO, Regiane Banzzatto. Educação Especial: pesquisa e prática. Curitiba. Ibpex, 2010
RODRIGUES,A.J. Contexto de Aprendizagem e Integração? Inclusão de alunos com necessidades educativas especiais. São Paulo. Avercamp, 2003.
VAGULA, Edilaine. Educação inclusiva e Língua brasileira de sinais. Londrina. UNOPAR, 2014
DEMO, Pedro.  Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 1999.
______. Pesquisa: princípio científico e educativo.  6. ed.  São Paulo: Cortez, 2000.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.






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